A Comissão Pastoral da Terra (CPT) é um grupo ligado a CNBB (Confederação dos Bispos do Brasil) e seu objetivo é defender os interesses de grupos que sofrem os efeitos do sistema, cuja finalidade é atender apenas aos interesses dos latifundiários. A CPT não se intitula como um movimento, segundo Roberto Malvezzi em artigo publicado no site da mesma, mas sim uma prestadora de serviços ao povo do campo, sendo errôneo colocá-la ao lado de movimentos sociais. Para ele, é uma conclusão equivocada entender a Pastoral da Terra como um movimento, pois ela não tem uma base popular própria, ou seja, definida.
Criada em 1975, no auge do Regime Militar, a CPT foi uma resposta a grave situação encontrada pela população que vive do trabalho rural como peões e posseiros, por exemplo. Tinha por fim defender lideres rurais ligados a igreja, pois estes eram as vitimas do sistema de opressão imposto pela ditadura.A partir daí,a Pastoral foi ampliando o seu raio de ação a outros grupos como os bóias frias e os trabalhadores assalariados,dando a entender que o objetivo era maior:Defender os direitos humanos,sobretudo os direitos do(a) trabalhador(a) da terra,o que levou a adaptar seus ideais nas diferentes regiões brasileiras.
Ivo Polleto, ex primeiro secretario, relembra que, no momento em que foi criada a Pastoral da Terra não havia PT, CUT, nem o MST e as associações de movimentos populares. Existiam sindicatos ligados a causa do campo, mas estes mantinham um discurso classista e aceitava as imposições do regime,que transformou–as em sindicatos de troca da liberdade de atuação.Segundo ele ,no artigo sobre os 25 anos da CPT,o sentido desta organização eclesiástica é promover a igreja, além de novas práticas de cidadania ,percebido nas contribuições graças as suas atuações,fato este que abriu para novas discussões sobre o panorama do Brasil Rural.Identifica o sentido germinal desta pastoral como uma nova forma de ser igreja,abrindo para novas e maiores responsabilidades.
Através dos jornais rurais, publicados em período trimestral, a Pastoral da Terra promove discussões sobre temas relevantes ao contexto rural como a reforma agrária, água e direitos do trabalhador, denunciando a violência e o trabalho escravo, dentre outras violações. No seu Caderno de Conflitos, foram contabilizados os assassinatos de mais de 1500 lideranças rurais por conflitos de terra desde 1985. A organização da Pastoral da Terra é constituída pela Assembléia Nacional, Congresso, Coordenações Nacional, Regionais e Equipes até passar pelas articulações eclesiais, movimentos sociais e internacionais e se articulando com organizações evangélicas através da PPL (Pastoral Popular Luterana). Dá sustentação a Via Campesina no Brasil.
A Pastoral também se preocupa com a questão da permanência do agricultor no campo e implementa políticas para a sobrevivência do trabalhador rural,apoiando iniciativas agrícolas que visam o uso responsável da terra no sentido de contribuir com a diminuição dos impactos ambientais.O combate ao desmatamento e ao uso de agrotóxicos, a produção orgânica e a conservação de ecossistemas sempre foram bandeiras de luta da CPT,que auxilia os movimentos sociais do campo,atendendo as solicitações e reivindicações.
Por Gustavo Medeiros
Referencias Bibliográficas
1.POLLETO,Ivo.Aos 25 anos uma documentação do tempo germinal em que nascem a CPT.2004.Disponível em: http://www.cptnac.com.br/?system=news&action=read&id=1187&eid=26>.Acesso em 7 dez 2008.
2.MALVEZZI,Roberto.Movimentos Sociais:A causa e o método.2008.Disponível em:< system="news&eid="272">. Acesso em 7 dez 2008.
Equipe: Gustavo Medeiros, Deyvson Oliveira, Caroline Oliveira e Hamurabi Dias.
Criada em 1975, no auge do Regime Militar, a CPT foi uma resposta a grave situação encontrada pela população que vive do trabalho rural como peões e posseiros, por exemplo. Tinha por fim defender lideres rurais ligados a igreja, pois estes eram as vitimas do sistema de opressão imposto pela ditadura.A partir daí,a Pastoral foi ampliando o seu raio de ação a outros grupos como os bóias frias e os trabalhadores assalariados,dando a entender que o objetivo era maior:Defender os direitos humanos,sobretudo os direitos do(a) trabalhador(a) da terra,o que levou a adaptar seus ideais nas diferentes regiões brasileiras.
Ivo Polleto, ex primeiro secretario, relembra que, no momento em que foi criada a Pastoral da Terra não havia PT, CUT, nem o MST e as associações de movimentos populares. Existiam sindicatos ligados a causa do campo, mas estes mantinham um discurso classista e aceitava as imposições do regime,que transformou–as em sindicatos de troca da liberdade de atuação.Segundo ele ,no artigo sobre os 25 anos da CPT,o sentido desta organização eclesiástica é promover a igreja, além de novas práticas de cidadania ,percebido nas contribuições graças as suas atuações,fato este que abriu para novas discussões sobre o panorama do Brasil Rural.Identifica o sentido germinal desta pastoral como uma nova forma de ser igreja,abrindo para novas e maiores responsabilidades.
Através dos jornais rurais, publicados em período trimestral, a Pastoral da Terra promove discussões sobre temas relevantes ao contexto rural como a reforma agrária, água e direitos do trabalhador, denunciando a violência e o trabalho escravo, dentre outras violações. No seu Caderno de Conflitos, foram contabilizados os assassinatos de mais de 1500 lideranças rurais por conflitos de terra desde 1985. A organização da Pastoral da Terra é constituída pela Assembléia Nacional, Congresso, Coordenações Nacional, Regionais e Equipes até passar pelas articulações eclesiais, movimentos sociais e internacionais e se articulando com organizações evangélicas através da PPL (Pastoral Popular Luterana). Dá sustentação a Via Campesina no Brasil.
A Pastoral também se preocupa com a questão da permanência do agricultor no campo e implementa políticas para a sobrevivência do trabalhador rural,apoiando iniciativas agrícolas que visam o uso responsável da terra no sentido de contribuir com a diminuição dos impactos ambientais.O combate ao desmatamento e ao uso de agrotóxicos, a produção orgânica e a conservação de ecossistemas sempre foram bandeiras de luta da CPT,que auxilia os movimentos sociais do campo,atendendo as solicitações e reivindicações.
Por Gustavo Medeiros
Referencias Bibliográficas
1.POLLETO,Ivo.Aos 25 anos uma documentação do tempo germinal em que nascem a CPT.2004.Disponível em: http://www.cptnac.com.br/?system=news&action=read&id=1187&eid=26>.Acesso em 7 dez 2008.
2.MALVEZZI,Roberto.Movimentos Sociais:A causa e o método.2008.Disponível em:< system="news&eid="272">. Acesso em 7 dez 2008.
Equipe: Gustavo Medeiros, Deyvson Oliveira, Caroline Oliveira e Hamurabi Dias.
